A Touriga Nacional, uma das melhores castas portuguesas, está presente em alguns dos vinhos alentejanos DIVAI com mais personalidade, como o DIVAI Touriga Nacional.
O que é a Touriga Nacional?
A Touriga Nacional é uma das mais emblemáticas castas de vinho tinto portuguesas, originária do Dão, mas cultivada de Norte a Sul do país. Talvez por isso seja considerada a rainha das uvas tintas portuguesas. É uma casta com grande personalidade, capaz de produzir uma grande variedade de vinho de alta qualidade, incluindo o Vinho do Porto. Ou os monovarietais alentejanos, como é o caso do DIVAI Touriga nacional.
A Touriga Nacional é, incontornavelmente, entre as mais de 250 castas portuguesas, a que mais notoriedade tem entre enófilos, profissionais e consumidores.
Touriga Nacional: características.
A Touriga Nacional é uma casta muito consistente em termos de qualidade dos vinhos. Os vinhos têm uma cor intensa. O aroma é igualmente intenso que pode ser floral (violetas, rosas) ou silvestre (rosmaninho, esteva). No palato possui volume, grande estrutura e persistência e tem um elevado potencial para envelhecimentos prolongados em garrafa.
É uma casta com uma produtividade mediana, que se desenvolve em vários tipos de solo e clima. Os seus cachos são pequenos e compactos, assim como os seus bagos. Estes possuem uma característica cor azul muito escura, quase negra. Os bagos têm uma pele com boa espessura, o que ajuda na obtenção das suas características cores intensas e uma polpa rígida e suculenta.
A História da “rainha das castas portuguesas”
Apesar do nome, esta casta não foi sempre “tão nacional”. Apontada como originária da região do Dão, são antigas as referências a esta casta, sendo a mais antiga, em 1790, feita por Larcerda Lobo. No entanto, no século XIX, o combate à filoxera no Douro e no Dão obrigou ao uso de porta-enxertos americanos, o que apesar de a ter tornado resistente a esta praga, reduziu-lhe drasticamente a produtividade, associando-a ao tão conhecido provérbio português “Muita parra e pouca uva”. Esta baixa produtividade levou a que esta variedade, que é hoje a principal casta portuguesa, fosse na década de 1970 quase residual.
Em 1981, o trabalho desenvolvido por José António Rosas e João Nicolau de Almeida fez com que esta casta recuperasse o protagonismo. Os dois identificaram aquelas que consideravam as cinco melhores castas para o vinho do Porto e uma delas era a Touriga Nacional. Quatro anos depois, arrancou o Projecto de Desenvolvimento Rural Integrado de Trás-os-Montes, que financiou a plantação de 2500 hectares de vinhas novas no Douro e a reestruturação de 300 hectares de vinhas já existentes, e, a partir daí, a Touriga Nacional voltou a ser procurada. Hoje, a Touriga Nacional está plantada de Norte a Sul do país, conferindo-lhe uma forte personalidade identitária nos vinhos portugueses